Há sete anos, a mão de Regina Tchelly, de 36 anos, transforma o desperdício em pratos deliciosos. A paraibana radicada no Morro da Babilônia, na Zona Sul do Rio, descobriu uma oportunidade de negócios e de projeto social, ensinando técnicas para reaproveitar alimentos dentro da própria comunidade. A iniciativa oferece oficinas que ensinam receitas preparadas com todas as partes do alimento. Cascas, talos, folhas, sementes e caroços: nada é desperdiçado. Com R$ 140 de investimento inicial, Regina começou a fazer oficinas, cursos e palestras para pessoas interessadas em aprender a cozinhar de forma mais sustentável.
— Estamos atendendo cem pessoas em dois turnos. O que queremos mostrar é que é possível modificar sua relação com os alimentos, além de economizar no dia a dia — ressalta Regina.
O aumento do interesse de moradores de comunidades em começar o próprio negócio foi percebido pelo Sebrae/RJ. Somente no primeiro semestre de 2018, as unidades receberam 4.470 microempreendedores individuais, além de 963 pessoas que têm negócios, mas ainda sem empresa registrada.
— As pessoas já têm o Sebrae como referência e procuram capacitação, especialmente em planos de negócios e áreas de gestão empresarial. Com a demanda crescente, expandimos nosso atendimento para postos avançados em Nova Iguaçu, Mesquita e São Gonçalo — explica Suzana Mattos, analista do Sebrae/RJ.
Segundo ela, as áreas que mais atraem novos negócios nas comunidades são as de beleza, venda de vestuário e alimentação. E foi no ramo da beleza que o empreendedor Thiago Santos, de 31 anos, e sócio Guilherme Gomes, de 25, decidiram investir. Em fevereiro, eles abriram a barbearia Hairnibal, na Rocinha:
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